Data: 19-02-2012

De: Mário Tokairin

Assunto: "Delitos de Brasileiros no Japão"

Estou escrevendo um livro sobre os delitos e crimes praticados pelos brasileiros que vieram trabalhar aqui no Japão. Eis, abaixo, uma dessas histórias verídicas:

Às 8:25 da manhã do dia 22 de dezembro de 2008, segunda-feira, houve uma tentativa de assalto com agressão contra a proprietária da loja de bebidas em Oizumi-machi, Província de Gunma-ken, localizada na rodovia 354, no bairo Yorikido, Japão.

As brasileiras Valéria Campos Silva Kiyota, de 33 anos de idade, e sua cunhada Ivone Junko Kiyota de Souza, de 40 anos,tentaram assaltar a proprietária da loja, senhora Horimoto de 58 anos, quando ela saía de sua mansão localizada aos fundos do estabelecimento, rumo ao Banco Gunma, carregando numa bolsa a importância em di-
nheiro de 7,6 milhões de yens, aproximadamente R$ 1,57 milhão.

Entretanto, ao ouvir os gritos da mulher, que foi agredida pelas brasileiras e já tivera a bolsa arrancada de suas mãos, o marido e demais familiares vieram em seu socorro. Eles conseguiram agarrar a que levava a bolsa e chamar a polícia que chegou em poucos minutos.
A outra foi logo localizada nas proximidades. Presas em fragrante delito, foram encaminhadas à delegacia de polícia de Oizumi-machi, cidade com aproximadamente 41 mil habitantes, dos quais 11% são brasileiros.
Valéria confessou que foi demitida da fábrica onde trabalhava e cumpria aviso-prévio a partir do dia 15 daquele mês. Residia com seu filho menor em Oizumi-machi e já tinha passagens de avião para voltar ao Brasil no dia 25 de dezembro, três dias antes de ser presa.
Ivone residia em Oyama-shi, na vizinha Província de Tochigi-ken, e estava desempregada. Alegaram que tentaram assaltar a loja porque precisavam dinheiro para quando retornassem ao Brasil. Já tinha sido inquilina num dos apartamentos da vítima Horimoto, a qual possui vários imóveis alugados aos brasileiros da cidade. E que também frequentava a loja para fazer compras de produtos brasileiros.

A polícia estranhou como as duas conseguiram descobrir o horário e o dia da semana que a proprietária da loja levava a féria do final da semana ao banco. Mesmo uma delas tendo sido inquilina e freguesa assídua da loja da senhora Horitomo, era impossível saber dessas informações.
Chegou-se a desconfiar de antigo funcionário brasileiro que trabalhou no estabelecimento, o qual já havia voltado para o Brasil.

As duas usaram capuzes para esconder o rosto, mas foram filmadas pelas câmeras de segurança da loja e do casarão da vítima. A agressão para tomar a bolsa com o dinheiro ficou claramente demonstrada, assim como as lesões no rosto da senhora Horimoto.

Elas aguardaram o julgamento presas na Casa de Detenção Feminina de Ota-shi e foram julgadas culpadas por crimes de lesões corporais e tentativa de roubo no dia 4 de junho de 2009, pela Corte da Comarca da Capital Maebashi-shi. As penas de três anos para cada uma delas seriam cumpridas na penitenciária províncial de Gunma-ken.

Os dias que ficaram detidas enquanto aguardavam o
julgamento foram descontados do total dessa pena.


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